As Três - Uma Comédia De Costumes
- memoriatheatro
- 24 de jun. de 2015
- 2 min de leitura
Em toda a sua trajetória, o palco do Theatro Adolpho Mello apresentou diversas peças teatrais, na maioria das vezes, inspiradas em textos famosos e conhecidos pelo grande público, como o "Auto da Compadecida", "Saltimbancos", entre outros. No entanto, um espetáculo foge da regra, a peça “As Três - Uma comédia de costumes”, co m texto e direção da ex-funcionária Mariângela Leite, estreou no ano de 2003 no palco do teatro e desde então segue em cartaz, com recorde de bilheteria, no municipio.
O espetáculo é inspirado na vida de três virgens solteironas, interpretadas pelos atores Charles Colzani, Nériton Martins e Alexandre Emerim. O enredo mostra situações inusitadas na vida das mulheres mal-amadas, amarguradas e fofoqueiras, cujo único contato com o mundo é a janela de casa, onde vivem cuidando da vida dos vizinhos. No fim da história, a revelação de um grande segredo acaba mudando a vida das protagonistas.

Charles Colzani e Nériton Martins, interpretam as virgens solteironas, Maria Santa de Albuquerque e Maria do Rosário Albuquerque./Foto: Rony Costa.
A ideia de criar a peça veio do figurinista e cenógrafo, Nériton Martins, na época ele colaborava nos cenários e figurinos das oficinas teatrais. “Eu nunca tinha atuado como protagonista, conversando com amigos, veio a ideia de montar o espetáculo. A estréia foi ótima. O TAM nos deu muita sorte”, fala Neriton, que também nos conta uma curiosidade, a filha dele, Tuane Martins, também faz parte do elenco da peça. “Ela vinha comigo aos ensaios, e com 5 anos decorava nossas falas. A diretora aproveitou essa facilidade, e trouxe ela para o palco conosco. O tempo foi passando, a Tuane crescendo, e os papéis dela se modificando para se adequar”, conta.

Elenco completo, na estreia da peça, em 2003./Foto: Rony Costa
Em cartaz desde 2003, a peça segue sendo apresentada todo ano. Atualmente, com o fechamento do Adolpho Mello, as apresentação passaram a acontecer no teatro do Centro Multiuso, sempre no final do segundo semestre. “É muito divertido fazer esse espetáculo, nos divertimos muito. A equipe é unida e o elenco é uma família.” afirma o ator Alexandre Emerim. Sobre o texto, a diretora Mariângela Leite, conta que ele é transformado a cada apresentação para não cair na mesmice. “Não se muda a estrutura, a ideia central permanece, mas palavras são alteradas”, conta ela.
O elenco afirma ter vontade de mais uma vez se apresentar no palco onde começaram a trajetória do espetáculo.“O TAM é um teatro maravilhoso, pequeno mas aconchegante. Suas paredes são repletas de histórias. Por ali passaram muitas pessoas, espectadores, artistas e técnicos. Tem uma energia fabulosa. Nos sentimos muito bem lá dentro.” afirma o ator e também ex-diretor da casa, Charles Colzani.
Abaixo, você confere um vídeo feito em 2013, na comemoração de 10 anos da peça.
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