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Trajetória Marcada Pelo TAM

  • memoriatheatro
  • 22 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

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O blog conversou com a atriz e professora, Mariângela Leite, 56 anos. Formada em Artes Cênicas, ela foi a primeira funcionária contratada do Theatro Adolpho Mello, desde que ele passou a ser patrimônio do município e lá permaneceu durante vinte anos, até o fechamento pela Defesa Civil. Além de professora das oficinas teatrais, ela atuou em diversas peças no palco do teatro e desde 2003 segue na direção do espetáculo As Três.

A história da atriz com o TAM começou na década de 90, naquela época, a prefeitura de São José passava a ser responsável pelo patrimônio e lançava o primeiro e único concurso realizado até hoje, para funcionários do casarão. Aprovada em primeiro lugar no consurso, Mariângela conta que chegou na casa de espetáculos e encontrou um local sem condições de realizar apresentações. “Não tinha equipamento de luz, som, nada. Era só o palco e a platéia.”, lembra ela. Sendo assim, o teatro passou a funcionar em forma de permuta, grupos e companhias teatrais alugavam o espaço para apresentação e deixavam algum equipamento necessário. “Só assim pra gente conseguir trabalhar”, conta a professora, que até então era a única funcionária do local, junto ao então diretor Charles Colzani.

Mais tarde, com a criação das oficinas teatrais, o movimento no teatro foi aumentando, e assim novos professores foram chamados para integrar a equipe. Filha e neta de atrizes, Mariângela conta que graças a sua iniciativa foram criadas as oficinas teatrais para idosos no Adolpho Mello. “A minha mãe tinha um sonho de voltar a atuar, mas ninguém queria dar aula pra terceira idade, então eu fui lá, consegui treze idosos e montei a primeira turma”, segundo ela, a maioria dos alunos nem sabiam ler, a professora lia e relia o texto da peça até que os alunos memorizassem as falas e o roteiro, o processo de ensaio até chegar as apresentações levava em média dois anos. “Esse foi o meu melhor momento no teatro. Era gratificante ver a confiança que eles tinham em mim”, lembra ela, com carinho.

Sempre querida por todos, Mariângela mantinha uma relação de amizade com pais e alunos, e de verdadeiro amor com o TAM. “Eu escolhi essa profissão por gostar dela. E para uma atriz, recém formada, como eu era, poder começar dentro do Adolpho Mello, era muito gratificante”, revela. Após a interdição do teatro pela Defesa Civil, Mariângela tomou a decisão de antecipar sua aposentadoria. “Não tinha como eu continuar trabalhando na praça e não poder entrar dentro do Adolpho Mello, durante vinte anos eu fui muito feliz lá, eu lutei muito por aquele teatro e ver ele fechado dói muito.” finaliza.

 
 
 

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